Quinta-feira atrás de quinta-feira, greve atrás de greve. Isto já cansa um bocadinho, pelo menos a mim pois sei que para os senhores do metro é óptimo, ganham o mesmo e descansam mais umas quantas horas.
E como não há metro, os autocarros vão atulhados de pessoas ou seja, muita confusão e o 746 que caminha para o Marquês de Pombal não é excepção.
Vê-se de tudo, conversas sobre os filhos, telefonemas estranhos, empurrões.. ui os empurrões, aqui é que toda a diversão começa. Cada empurrão é respondido com um insulto: "Oh gordo, já não te chega o espaço que estás a ocupar?", "Que bruta! Queres arrancar-me a perna é?", "Está calada oh puta!".
Com isto, formam-se alianças, nenhuma mulher com mais de quarenta e cinco anos que se preze gosta de ficar de fora de uma confusão, tem logo que meter o nariz e melhorar exponencialmente o ambiente do transporte e transformar aquilo numa selva.
Como os autocarros ficam super cheios, é ver as pessoas a correr para as portas de trás para tentar entrar e arranjar um espacinho onde consiga ficar, algo normal, até eu já fiz isso. O problema é quando as portas não fecham e começam a empurrar as outras pessoas, são dezenas de insultos atirados ao mesmo tempo ao infeliz por todas as outras pessoas que se sentem mais apertadas mas claro, quem quer entrar não desiste, se já se viu umas dezenas de pessoas dentro de um mini, num autocarro tem que caber umas centenas.
Todas as quintas-feiras, a educação e o civismo faz greve juntamente com os trabalhadores do metro.