quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A mesquice do nosso país

Então e o referendo? O tema anda na baila e toda a gente tem a sua opinião mas que para mim não passa de algo como a Casa dos Segredos. Toda a gente gosta de falar da vida dos outros, e este referendo é para a maioria como falar da vida alheia. 

Se o referendo realmente for para a frente será uma das coisas mais estúpidas que vi nos últimos anos. É de uma mesquice tal, digna do maior povinho de Portugal. Então porque raio meter a maioria a decidir a possível felicidade de uma minoria?

É para mostrar que somos um pais democrático? Mas então onde é que está a democracia em outras dezenas de decisões que foram tomadas pelo governo que influenciavam directamente com a vida de toda a nação, é que para essas não pensaram em perguntar aqui à malta.


"Vamos lá atirar isto para o povinho, descalçar a bota de uma decisão que podia denegrir a nossa imagem para um certo grupo da população portuguesa, mesmo que isso tire algo que devia ser um direito para um outro grupo".


Eu não tenho dúvidas no meu voto e espero que, caso isto ande para a frente, a maioria das pessoas tenham consciência e votem correctamente, é que hoje este direito pode não nos afectar, mas daqui a uns anos podem perceber que ajudaram que o filho(a), primo(a), amigo(a), vizinho(a), etc, possa aumentar a sua família e dar uma vida melhor a uma criança que esteja infeliz num orfanato.

13 comentários:

Anónimo disse...

nada parvo este post. gosto que estejas de volta mesmo que ocasionalmente! beijinhos

Lobo disse...

Concordo em absoluto. E o meu voto, no sim, também está garantido.

Lia disse...

O meu voto é, em qualquer circunstância, SIM. E tenho imensa pena de não saber se vou poder votar por estar fora de Portugal.

Unknown disse...

@c.
obrigado :)
beijinhos

@Namorado P.S.
boa, estás a ser boa pessoa :P

@Lia
muito bem! pode ser que consigas exercer o teu direito :)

Rui Pi disse...

Estamos no país onde a polémica é que conta. Euro, acordo ortográfico? Isso são coisas banais e o povinho não compra isso. Mas é misturar adopção com homossexualidade e o pessoal está todo pronto a mandar os seus bitaites. Tristeza das tristeza s é que não poucos os que pensam naqueles que realmente vão sofrer as consequências disto: as crianças. A verdade é que a maioria da população, ao votar, irá com dois pensamentos:
1- voto NÃO - "Não há cá dessas coisas no meu país."
2- voto SIM - "Sou uma pessoa muito consciente e olhem para mim porque não sou homofóbico e toca a dizer isso bem alto. P.S.: Também não sou racista."

Vai estar em grande falta (apesar de não ser inexistente) a terceira opção de quem vota SIM da forma mais sincera e preocupada possível...

Unknown disse...

não podia dizer melhor senhor Pi. acho que ganhaste o prémio de comentário do dia.

Lia disse...

Encaro com alguma dúvida o comentário do Pi (epa, tem sido recorrente nos últimos tempos O.o) e venho dizer que eu voto na terceira opção.

Rui Pi disse...

Sim, Lia, começo a achar que temos aqui um problema pessoal que só poderá ser resolvido com... um duelo de espadas, talvez. :)
Em que consiste a tua dúvida?

Lia disse...

Pi, se pudermos deixar o duelo para mais tarde, será mais conveniente para mim :p (agradecida pela atenção)
A dúvida passa pela tua posição (exacta) em relação a este assunto (referendo e coadopção/adopção homossexual).

Rui Pi disse...

Eu totalmente a favor com a possibilidade de qualquer tipo de casal poder adoptar uma criança.
O meu comentário era mais uma crítica à sociedade/governo que acham necessário um referendo de uma coisa que devia ser uma verdade adquirida: o direito de uma criança a ter uma família, ponto final.
Além disso, uma crítica à (certamente grande) percentagem de gente que, votando positivo, será a pensar em si e não nas famílias.

Lia disse...

Muito agradecida pela explicação.

Senhor Parvo, desculpe lá a invasão à sua caixa de comentários :)

Unknown disse...

ahah, comentem à vontade! :D

Rui Pi disse...

Sempre às ordens, cara Lia.